Estação Ferroviária de Palmela
Palmela
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vista do local da estação, em 2010 | |||
Identificação: | 68080 PAA (Palmela)[1] | ||
Denominação: | Estação Satélite de Palmela | ||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (sul)[2] | ||
Classificação: | ES (estação satélite)[1] | ||
Linha(s): | Linha do Sul (PK 22+732) | ||
Altitude: | 56 m (a.n.m) | ||
Coordenadas: | 38°34′37.5″N × 8°52′26.49″W (=+38.57708;−8.87403) | ||
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Município: | Palmela | ||
Serviços: | sem serviços | ||
Inauguração: | [quando?] | ||
Encerramento: | sim[quando?] | ||
Website: |
A estação ferroviária de Palmela (nome anteriormente grafado como "Palmella"),[3] é uma interface encerrada da Linha do Sul, que servia nominalmente a localidade de Palmela, no Distrito de Setúbal, em Portugal. Foi substituída[quando?] por nova interface designada Palmela-A, já no século XXI.[1]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Localização e acessos
[editar | editar código-fonte]Esta interface situa-se no limite nordeste da malha urbana de Aires, a nascente da localidade nominal, distando do seu centro (Biblioteca Municipal) mais de três quilómetros, incluindo um troço de acentuado declive.[4]
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]Esta interface apresenta quatro vias de circulação, numeradas de I a IV, todas com 244 m de extensão exceto a via III, com 262 m, e não tem qualquer plataforma; existem ainda cinco vias secundárias, identificadas como V, G1, G2, G3, e G4, com comprimentos entre 209 e 149 m; todas estas vias estão eletrificadas em toda a sua extensão.[5] Situa-se nesta configuração, centrado ao PK 22+95, o Ramal Palmela-Megaço, gerido pela Megaço - Produtos Siderúrgicos; tem tipologia «Linhas de Carga/Desc. Privado» (instalação n.º 101;[5] Ramal de Estação, dep. 68304; cód. 159), e insere-se na via ao PK 22+560 (dep. 68700).[1] Situa-se igualmente nesta configuração, centrado ao PK 22+18, o Ramal Palmela-Slem, gerido pela SLEM - Sociedade Luso Espanhola de Metais; tem tipologia «Linhas de Carga/Desc. Privado» (instalação n.º 102;[5] Ramal de Estação, dep. 68205; cód. 158), e insere-se na via ao PK 22+532 (dep. 68072).[1] O edifício de passageiros situa-se do lado poente da via (lado direito do sentido ascendente, para Funcheira).[6][7]
História
[editar | editar código-fonte]Século XIX
[editar | editar código-fonte]O troço entre as estações de Pinhal Novo e Setúbal da Linha do Sul, onde se insere esta interface, entrou ao serviço em 1 de Fevereiro de 1861.[8][9]
Século XX
[editar | editar código-fonte]Em 1913, existia um serviço de diligências entre a estação e a vila de Palmela.[10]
Após a integração dos antigos Caminhos de Ferro do Estado na Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, em 1927, aquela empresa iniciou um programa de remodelação das antigas estações do Estado, incluindo a de Palmela.[11] Em 1934, a Companhia realizou grandes obras de reparação nesta estação.[12]
Esta estação é a terceira das quatro referidas por Fernando Pessoa no seu poema “Anti-Gazetilha” (Sol 1926.11.13; mais tarde incluída como “O Comboio Descendente” em numerosas antologias e musicada nos anos 1980 por Zé Mário Branco), que descreve um sinuoso e improvável «comboio descendente» que segue de «Queluz à Cruz Quebrada», «da Cruz Quebrada a Palmela», e «de Palmela a Portimão».[13][14]
Em 1988 esta interface prestava ainda serviço de passageiros,[7] tendo sido desativada entretanto.[quando?]
Século XXI
[editar | editar código-fonte]Em Janeiro de 2011, já depois da criação de Palmela-A, contava com duas vias de circulação, ambas com 248 m de comprimento, e que não tinham quaisquer plataformas[15] — valores mais tarde[quando?] alterados para os atuais.[5]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ a b c d e (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
- ↑ J. P. Tavares Trigueiros: “Toirada em Setubal” Diario Illustrado 401 (1873.09.01): p.8
- ↑ «Cálculo de distância pedonal (38,57701; −8,87431 → 38,57144; −8,90211)». OpenStreetMaps / GraphHopper. Consultado em 28 de novembro de 2023: 3450 m: desnível acumulado de +165−34 m
- ↑ a b c d Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
- ↑ (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
- ↑ a b Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
- ↑ REIS et al, 2006:12
- ↑ «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). Lisboa. 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 6 de Outubro de 2014 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 6 de Abril de 2018 – via Biblioteca Nacional de Portugal
- ↑ «Rêde do Sul e Sueste» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1127). 1 de Dezembro de 1934. p. 593-594. Consultado em 6 de Outubro de 2014 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ «O que se fez nos Caminhos de Ferro Portugueses, durante o ano de 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1130). 16 de Janeiro de 1935. p. 50-51. Consultado em 6 de Outubro de 2014 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ Jerónimo Pizarro: “Sobre a primeira gazetilha de Álvaro de Campos” Pessoa Plural 1: 320-334. ISSN 2212-4179
- ↑ Alice Áurea Penteado Martha: “Fernando Pessoa e Cecília Meireles: o encontro entre poesia e criança” Espéculo : Revista de estudios literarios (Universidad Complutense de Madrid) 30
- ↑ «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X